Não
faz tanto tempo assim e se estava pensando em como seria o perfil dos jovens
diante dos acontecimentos do momento atual. Parecia que eles não estavam muito
ligados. Mas ... surpresa ? Em cobertura da imprensa vimos que havia sempre
jovens entre os manifestantes. Então se vê que a determinação para lutar, para
reivindicar está patente entre eles.
Veio o Papa Francisco, aconteceu a
Jornada Mundial da Juventude e sentimos aquela pulsação, aquele entusiasmo,
aquele calor humano, com algumas tomadas da mídia onde se constatava a alegria
de estarem juntos a despeito das diferentes nacionalidades e culturas e o Papa
trazendo Jesus Cristo como ele mesmo falou, colocou no meio, nas mãos, na vida
dos jovens o valor maior e o verdadeiro sentido da vida e observou aos demais
como se deve lidar com a juventude. Como escutá-la, incentivando, apoiando,
atentos ao respeito e sua liberdade, entendendo sua contestação, abrindo espaço
para eles, para sua alegria e criatividade e até sua rebeldia, tudo com
respeito, esperança e crença na sua capacidade. Constatação: os jovens estão
com tudo para aceitar o convite do Papa já no momento presente, preparando o
futuro.
Perguntamos: são os jovens que
precisam de “reparos” ou somos nós aqui fora que os rotulamos dando assim margem
à exclusão. Observamos hoje, mesmo na infância, nas escolas, se a criança
necessitar de um pouco mais de cuidado e atenção, o despreparo é visível,
constatável facilmente, é preciso que ela seja “normal”, “perfeita”, o que quer
que esse conceito de normalidade implique. Viria a argumentação necessidades
especiais necessitariam de tratamento especial. Tudo bem. Mas isso é realizado
de maneira tão incisiva que se caracteriza como exclusão.
Quem sabe, digamos, o “alerta” do
Papa nos leve a todos jovens e os nem tanto a rever atitudes, conceitos e
pré-conceitos?
Podemos experimentar ter presente:
-
que não tenhamos medo de servir ao outro, que assim os jovens não o terão;
-
que não percamos a esperança para que falemos dela aos jovens;
-
que sejamos despojados para que aí eles identifiquem os verdadeiros valores.
Isso
poderia ser fruto do exemplo e da palavra do Papa.
Lourdes
– Grupo 4
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